A Bwin acaba de anunciar a suspensão do patrocínio à Taça da Liga. A empresa tomou esta decisão na sequência da decisão do Tribunal do Porto, que recusou o pedido para garantir o efeito suspensivo do recurso da sentença de primeira instância e obrigou a Liga Portuguesa de Futebol a retirar a publicidade da Bwin até decisão da Relação. A empresa sublinha em comunicado que a decisão “viola a legislação europeia e põe em risco o futuro da Taça da Liga”, mostrando-se, no entanto, confiante de que “será anulada pelo Tribunal da Relação, a quem compete fixar definitivamente os efeitos do recurso”. Assim sendo, informa-se no mesmo documento, “a empresa irá entretanto suspender o patrocínio à Taça da Liga e todas as campanhas publicitárias, enquanto não for atribuído o referido efeito suspensivo”. A Bwin chama ainda a atenção para o facto de que “a decisão põe assim também em causa um investimento financeiro de enorme importância para a Liga”, já que “o patrocínio da Bwin proporciona um benefício financeiro directo para os clubes de futebol e outros parceiros comerciais, e, consequentemente, emprego em Portugal”.
Os efeitos da decisão sentem-se a partir de hoje, data a partir da qual a Liga se vê obrigada a retirar a publicidade da Bwin. Em nota de imprensa, a Liga esclarece que “essa retirada abrangerá o site oficial da Liga, bem como todas as referências à Bwin nos jogos da Taça da Liga. A decisão lesa de forma muito significativa o financiamento do futebol profissional em Portugal”, frisa-se.
Em resposta à decisão, Eduardo Serra Jorge, advogado que representa a Liga e a Bwin deixa críticas referindo que “o Tribunal não teve em consideração a legislação europeia. O monopólio português para os jogos online não está em consonância com as recentes decisões do tribunal de Justiça da União Europeia. Não se pode fazer publicidade agressiva e aumentar a oferta de jogo por um lado e, por outro, manter a concorrência estrangeira fora do mercado”. Nesse sentido, a empresa informa também que “apresentou uma queixa junto da Comissão Europeia e, juntamente com a Liga, equaciona a possibilidade de avançar com uma acção de responsabilidade civil contra o Estado português pela perda de receitas para a Liga resultante da decisão do Tribunal”.
[Fonte: Meios e Publicidade]
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