Liga Portuguesa de Futebol Profissional está obrigada a retirar toda a publicidade referente à operadora de apostas desportivas Bwin, patrocinador da Taça da Liga,após decisão do tribunal.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) está obrigada, a partir de segunda-feira, a retirar toda a publicidade referente à operadora de apostas desportivas "online" Bwin, patrocinador da Taça da Liga, informou hoje o organismo.
Esta ação surge no seguimento de uma decisão do Tribunal do Porto de negar efeito suspensivo do recurso da sentença proferida em setembro de 2011 e abrange toda e qualquer menção à Bwin.
Essa retirada abrangerá o sítio oficial da Liga na Internet, bem como todas as referências à Bwin nos jogos da Taça da Liga, e o organismo considera que "lesa de forma muito significativa o financiamento do futebol profissional em Portugal".
Liga vai recorrer da decisão
"A Liga recorrerá desta decisão para o Tribunal da Relação do Porto, a fim de anular a sentença produzida na primeira instância", refere o gabinete de imprensa da LPFP, em comunicado.
O recurso tinha sido interposto após o Tribunal Cível do Porto (TCP) ter proferido um acórdão, a 28 de setembro, em que recomenda a retirada de toda a atividade de marketing da Bwin em Portugal por julgar ser ilegal.
A Bwin e a LPFP requereram então o efeito suspensivo do acórdão do TCP, enquanto os autores da queixa judicial pediram a aplicação imediata da sentença.
A operadora de apostas desportivas "online" e a LPFP recorreram em seguida do acórdão, que coloca em causa o patrocínio ao futebol profissional bem como a atividade de outras empresas similares a operar em Portugal.
Bwin e a falta de "abertura política"
Patrocinadora principal da Taça da Liga, a Bwin denunciou posteriormente a ausência de "abertura política" para a regulamentação da atividade das empresas de apostas "online" em Portugal.
A Bwin é a principal patrocinadora da Taça da Liga -- na época passada distribuíram-se 3,8 milhões de euros aos clubes -- e na altura a empresa alertou para a possibilidade de se fazer jurisprudência, uma vez que existem mais processos instaurados a outras empresas de apostas.
O caso diz respeito a uma batalha jurídica iniciada em 2005 pelas Associação Portuguesa de Casinos e pelas concessionárias, que requereram então uma providência cautelar destinada a obter a suspensão do contrato de patrocínio entre este operador de jogo "online" e a LPFP.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário