Málaga entra no clube dos novos-ricos investidores

Xeque Al Thani já investiu 135 milhões, mas ainda está muito longe de Abramovich.

Real Madrid e Barcelona conquistam mais títulos, movimentam milhões em receitas e despesas, agitam o mercado de transferências e as multidões dentro e fora dos estádios pelo Mundo fora, mas têm concorrência no investimento: desde que chegou ao Málaga, no Verão de 2010, o xeque Al Thani já ultrapassou os 135 milhões de euros em contratações e não mostra intenção de abrandar.

Na última assembleia de accionistas foi aprovado um aumento de capital no valor de 83 milhões de euros, algo que colocou o total em 120 milhões para que o clube onde jogam os portugueses Eliseu e Duda "possa agir à vontade em qualquer das suas actividades", segundo revelou um representante dos malaguenhos.

Ao mesmo tempo, Al Thani assinou uma garantia de viabilidade financeira, assegurando a todos que não pretende sair de súbito. Gerando receitas no valor de 30 milhões de euros através dos direitos televisivos, marketing, bilhetes e publicidade, o Málaga acumula um défice a rondar os 148 milhões e tem um orçamento superior a 150 milhões para esta época. "Tudo está garantido pelos proprietários", tranquiliza Jesus Nuño, assessor da presidência. Estádio e cidade desportiva são outros projectos do xeque.

De Berlusconi a Malcolm Glazer

Apesar do elevado esforço financeiro que coloca o Málaga no clube dos novos-ricos investidores do futebol, Al Thani ainda está longe de dirigentes como Silvio Berlusconi, cuja liderança no Milan, apesar de interrompida pela actividade como primeiro-ministro, já ficou assinalada por mais de 1,2 mil milhões de euros em contratações. Liderado por Massimo Moratti, o Inter também tem ajudado nas movimentações do mercado ao longo dos anos - cerca de 600 milhões de euros.

Além dos históricos dirigentes italianos, a tendência mais recente revela outros nomes de grandes investidores no futebol europeu. Florentino Pérez, em duas passagens pelo Real Madrid, passou dos 900 milhões de euros em aquisições; no Chelsea, Roman Abramovich está próximo (800 milhões investidos) e Mansour bin Zayed já passa dos 500 milhões no Manchester City, enquanto o norte-americano Malcolm Glazer, dono do Manchester United com o irmão, "só" gastou 250 milhões.

[Fonte: Diário Económico]