terça-feira, 29 de janeiro de 2013

France Football acusa o Qatar de comprar o Mundial de Futebol 2022

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 Os rumores incessantes que têm vindo a acusar o Comité Organizador de Qatar 2022, e a própria FIFA, desde praticamente a sua eleição como anfitrião do Mundial 2022 relativamente a uma possível compra de votos que decidiram a atribuição deste evento ao país árabe, foram fortemente agravados pela publicação de um relatório extenso da revista francesa France Football, que fala de uma operação complexa que envolve muitos atores importantes que levaram à atribuição desta competição ao Qatar.

 O extenso relatório, realizado ontem pela France Football, de 20 páginas, que é chamado Qatargate, não deixa pedra fria e afeta importantes personalidades internacionais no negócio do futebol e da política. Assim, o relatório conclui que o Qatar comprou vários votos para garantir a sua eleição para sediar o Mundial em 2022, um evento de enorme impacto para o país de acolhimento e onde os interesses económicos propiciam decisões como as que a France Football traz à luz do dia. 

 Uma das personagens que a revista dá um dos papéis principais é o atual presidente da UEFA, e vice-presidente da FIFA, o francês Michel Platini, que é considerado um dos responsáveis ​​pela negociação. Assim, a France Football denuncia que a história começou com um almoço secreto no final de novembro de 2010, onde estavam presentes, junto com Platini, Nicolas Sarkozy, o príncipe Al-Thani e o então presidente do PSG, Sébastien Bazin, com o único objetivo de determinar a estratégia.

 O acordo, segundo a revista, foi a seguinte: vários empresários poderosos de Qatar comprometiam-se a reviver o PSG, um clube com grandes problemas económicos, além de criar um canal de televisão que enfraqueceria o poder televisivo da francesa Canal +, em troca de Platini parar de apoiar os EUA nas votações para o evento- o principal rival do país árabe na época. O acordo foi fechado nessa refeição e, de fato, a 2 de dezembro de 2010, o Qatar foi escolhido para sediar o Mundial de 2022, apesar de não ter construídas quaisquer locais e instalações suficientemente preparadas para um evento desta categoria.
 O Qatar ganhou a votação da FIFA contra as candidaturas de Estados Unidos, Austrália, Coreia do Sul e Japão. Esta decisão tem motivado várias suspeitas e já houve acusações de subornos a vários dirigentes para determinar o seu voto.

[Fonte: maisfutebol]

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