Ao entrar no Estádio fiquei na bancada superior do lado da equipa da Universidade de Auburn (a tal equipa da cidade com o mesmo nome, com 53.000 pessoas e uma Universidade de 25.000 alunos ), mas a cerca de 6 metros dos fãs da Universidade de Clemson (a tal cidade ainda mais pequena, com 13.000 habitantes e uma Universidade com 20.000 alunos) – mas sem qualquer divisória. Aliás, ao meu lado esquerdo estavam 2 fãs de Clemson que se manifestaram ruidosamente, sem nunca terem tido qualquer problema.
Um estádio com 73.000 lugares cobertos, embora com aspecto de a cobertura ser amovível.
Antes de começar o jogo, entraram em campo 2 bandas com as respectivas majorettes: cada grupo com cerca de 500 participantes.
Ao contrário dos estádios de soccer, existe um grande ecrã em cada topo, onde passam as jogadas em grande dimensão ou repetições, para além de, naturalmente, publicidade.
O público vibrava em cada peripécia do jogo e quando surgiu o 1º touchdown (tipo ensaio de rugby) a palavra “touchdown” surgiu imediatamente nos ecrãs “a piscar” e metade da multidão entrou em delírio. O porta-bandeira que tinha vindo com a banda entrou no topo do relvado e correu de um lado ao outro – situação que se viria a repetir em todos os touchdowns.
A determinada altura, o jogo parou, porque um dos árbitros assinalou uma falta numa jogada confusa, o vídeo deu uma ajuda ao árbitro e … a decisão foi alterada: que diferença face ao soccer e ao clima de suspeição que se vive na Europa!
O jogo chegou ao intervalo equilibrado e as bandas voltaram ao relvado para actuar enquanto, nos bares, a cerveja (com álcool) esgotou, dada a procura.
Na 2ª parte, o espectáculo repetiu-se nas bancadas. Ao meu lado, Joe – um adepto de Clemson “infiltrado” em Auburn - tinha comprado bilhete no mesmo site do que eu por 75 dólares - uma vez que tinha perdido a oportunidade de comprar bilhete a preço de estudante na sua Universidade, por 30 dólares, vibrava fortemente com a sua equipa (ver foto) e confidenciava-me que para jogar preferia soccer (jogava a defesa direito na 2ª equipa da Universidade) e que iria visitar Portugal nos próximos meses. Joe conhecia todos os principais clubes e jogadores portugueses, mas dizia-me que nos USA só era fácil ver os jogos ingleses e que muitas vezes se levantava às 7h da manhã para o fazer.
No final, após a vitória de Clemson, por 26-19, os seus jovens adeptos explodiram em cânticos e desci as rampas da bancada superior, batendo a mão em outro fã, como no basquetebol.
Fora do estádio, muita gente voltou às tendas onde tinham ficado bebidas e comida, guardadas de forma ligeira por alguns seguranças, e o ambiente entre os fãs das 2 equipas manteve-se bom, embora, como é natural, o sorriso estava estampado no rosto dos laranjas de Clemson.
Procurei perceber o que estava por detrás de todo este envolvimento – a razão principal é que os ex-estudantes mantêm-se ligados à Universidade para a vida, arrastam as suas famílias, e o gosto pelo futebol leva os habitantes de uma região a adoptarem esse mesmo clube como o seu clube.
A perspectiva de festa aliada ao jogo faz também atrair uma ampla variedade de espectadores, nomeadamente raparigas.
O soccer tem certamente a aprender com a festa do futebol americano. Pela minha parte adorei e espero repetir em próxima visita aos Estados Unidos.
Fora do estádio, muita gente voltou às tendas onde tinham ficado bebidas e comida, guardadas de forma ligeira por alguns seguranças, e o ambiente entre os fãs das 2 equipas manteve-se bom, embora, como é natural, o sorriso estava estampado no rosto dos laranjas de Clemson.
Procurei perceber o que estava por detrás de todo este envolvimento – a razão principal é que os ex-estudantes mantêm-se ligados à Universidade para a vida, arrastam as suas famílias, e o gosto pelo futebol leva os habitantes de uma região a adoptarem esse mesmo clube como o seu clube.
A perspectiva de festa aliada ao jogo faz também atrair uma ampla variedade de espectadores, nomeadamente raparigas.
O soccer tem certamente a aprender com a festa do futebol americano. Pela minha parte adorei e espero repetir em próxima visita aos Estados Unidos.
Pedro Dionísio
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